O Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa do Estado do Rio denuncia agressão, injúria e ameaça de morte contra uma agente feminina que atua no Centro de Socioeducação Professor Antônio Carlos Gomes, na Ilha do Governador, na Zona Norte. 

Para garantir a segurança da servidora, a instituição solicitou ao Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) a transferência da detenta para outra instituição no entanto, a medida ainda não foi atendida.

Segundo um relatório das agentes de Segurança Educativa a que O Dia teve acesso, as agressões foram cometidas por uma adolescente transgênero que não respeita as regras básicas da unidade. 

“Após a internação da adolescente transgênero na referida unidade, a servidora passou a correr grave risco de vida, de sua integridade física e psicológica, não podendo este Órgão Estadual se omitir diante de tão graves fatos”, diz um trecho.

Diante da violência, a servidora registrou boletim de ocorrência na 37ªDP (Ilha do Governador) e notificou o caso ao juízo da Vara da Infância e Juventude da Capital, da Infância e Juventude da Comarca da Capital.

Mau-comportamento da adolescente

Ainda de acordo com o relatório, a interna desrespeita diversas regras da unidade, como por exemplo, retornar ao seu alojamento após o término das atividades ou até mesmo após atendimento técnico. Dentre um dos episódios de violência, a socioeducanda tentou arremessar uma mesa contra as agentes do plantão e fez ameaças de morte às mesmas nesta ocasião.

“Ocorre que com a presença da socioeducanda nesta unidade, episódios como o citado acima se tornam habituais, pois o fato de a adolescente não respeitar as regras da unidade, faz com que ela ameace e intimide as agentes do plantão, que por sua vez, temem por sua integridade física e psicológica, uma vez que é extremamente difícil conter a adolescente nos episódios de crise. Cabe destacar que não se trata de uma questão de gênero, e sim de um contexto de indisciplina, atos de violência e resistência da adolescente em obedecer às regras institucionais”, reforça.

A interna é acusada ainda de importunação sexual contra outras adolescentes. “Vale salientar que a adolescente, em outras passagens, teve problemas de relacionamento inclusive com jovens trans que já dividiram alojamento com ela, sendo necessário colocá-las em alojamentos separados para resguardar a integridade física das mesmas. Desta forma há uma diminuição da capacidade de vagas ofertadas para as adolescentes sis e trans, prejudicando a logística da única unidade feminina do Estado do Rio”, ressalta o relatório.

Além disso, o comportamento inadequado da adolescente se estende também aos servidores e funcionários terceirizados. No dia 22 de agosto, por exemplo, a socioeducanda tentou entrar sem autorização no salão da unidade e ao ser flagrada por uma funcionária terceirizada começou a xingá-la. Na mesma data, ela arremessou urinas e fezes contra as agentes do plantão e na galeria do setor.

Veja a matéria na íntegra em: https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2024/09/6925185-sindicato-denuncia-agressao-e-ameaca-contra-servidora-do-degase-na-ilha-do-governador.html

Fonte: Jornal O Dia | Por Ana Fernanda Freire — Rio de Janeiro

27/09/2024 21h59